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O amor cura, liberta e transforma


Eu acreditei demais na minha capacidade, confiei na minha memória, descartei as anotações e todas as formas de ajuda. Não que fosse errado, eu queria ser independente, por isso me desgarrei dos conselhos e suportes que me seguravam todos os dias.

Fiquei sozinha pois quis ser dona da razão, dona de si. Me aventurei por ruas desconhecidas nos dias e horários errados por causa da raiva e da tristeza. Não havia quem pudesse me aconselhar qual era o melhor caminho. Talvez houvesse, mas meus ouvidos estavam fechados para elas. Por isso fiz os trajetos mais longos, meus objetivos pareciam estar a quilômetros de distância. Portanto, devido ao cansaço cambaleei até não aguentar mais. Caí. Caí feio, de raspar as mãos no asfalto e depois as feridas arderem como se estivessem pegando fogo.

Fui egoísta ao fechar as portas sem dizer uma palavra. Fui orgulhosa ao pensar que os erros não eram meus, mas sim do meu próximo. Fui vingativa ao imaginar formas de provar que eu estava certa.

Quando eu já estava no chão, me culpei por cada erro e por cada consequência, mas fui sincera ao reconhecê-los. De repente tudo ao meu redor clareou. Eu, ainda com a cabeça baixa, vi um par de pés descalços na minha frente, que tinham uma marca muito profunda. Tive dificuldade de olhar para cima, pois a luz era muito forte. Então quando os meus olhos encontraram os dEle eu chorei. Larguei os meus erros e a minha culpa ali naqueles pés. Ele não hesitou em estender as mãos, que também continham marcas, para me ajudar. Sua luz além de iluminar, incendiava o meu corpo sem que dano algum me ocorresse. Colocou os braços dEle debaixo dos meus, me guiou até o altar. Ele me disse "foi por você" indicando suas cicatrizes. Ali curou minhas feridas e me amou. Isso me instigava a tê-lo por perto sempre.



Mais uma vez Ele estendeu as mãos e disse "dance comigo", e eu ainda meio constrangida por aquela gentileza, levei as minhas mãos  junto às dEle que conduziu cada gesto, cada movimento. Foi a dança mais linda da minha vida. 

Em Seus braços me envolvi e não haveria qualquer outra coisa que pudesse me tirar dali. Eu não senti mais dores, raiva, nem mesmo a tristeza, apenas o amor, paz e alegria.

Desde então eu O tenho comigo por onde quer que eu ande. Ele me segura pelas mãos sempre me ensinando algo novo. Dele eu não me desgarro nunca. A cada dia eu o amo mais, pois Ele tem me ensinado sobre o amor e também a amar outras pessoas. É o meu dever como forma de retribuir todo esse amor que Ele tem por mim, sei que nunca será suficiente, por isso darei tudo de mim por Ele e pela Sua vontade.

Ele é Jesus, o amor da minha vida.


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